16/09/2015

A armadura de Deus: o escudo da fé

LEIA: Efésios 6.16

A maior peça da armadura dos soldados romanos era o escudo. Essa peça, de 1,20 m de altura por 0,80 m de largura,  constituía-se em uma placa ovalada de madeira muito resistente, coberta por chapas metálicas e revestida por couro embebido na água para apagar as flechas incendiadas dos inimigos. Estes, mergulhavam a ponta da flecha no betume, ateavam fogo e atiravam-na.

Os soldados deviam posicionar devidamente o escudo, protegendo o corpo desde o joelho até a altura do queixo. De nada adiantaria um escudo de dimensões tão grandes se mal utilizado. Não protegeria o soldado adequadamente. O mesmo raciocínio vale para o soldado cristão pois, este, deve embraçar o seu escudo, posicionando-o corretamente. O que Paulo quis dizer aos Efésios é que, procedendo dessa forma, a fé estaria em plena atividade e produziria frutos. Não adianta ter fé, é preciso colocá-la em ação pois, do contrário essa seria uma fé morta (Tiago 2.17).

Existe uma operação militar conhecida como "tartaruga" na qual os soldados posicionam seus escudos sobre a cabeça formando assim, uma espécie de casco. Este, por sua vez, protegia a corporação por isso além de proporcionar uma defesa individual, o escudo também proporciona uma defesa corporativa. Isso nos ensina algo muito simples: uma fé fortalecida vai fortalecer a fé do outro. Infelizmente, a recíproca é verdadeira: uma fé enfraquecida vai enfraquecer a fé do outro. Somos um exército, devemos lutar uns pelos outros, encorajando-nos e fortalecendo-nos mutuamente.

No entanto, é oportuno lembrarmos que o escudo da fé apaga todos os dardos inflamados do maligno e não apenas alguns. É, portanto, uma arma muito eficiente. Mas o que representam esses dardos? Quais significados possuem para nós? Podemos destacar vários significados: a) Acusações pessoais: o inimigo perdeu o seu papel de acusador legal mas não perdeu o hábito de acusar os santos de Deus, porém o faz no nível pessoal. Quantas vezes, por exemplo, ouvimos palavras severas sem motivo aparente?; b) Tentações: quando caímos na armadilha da soberba; e, c) Distrações: quando nos preocupamos com coisas insignificantes. São dardos inflamados do maligno mas, não nos esqueçamos, o escudo da fé apaga todos eles.

O inimigo utiliza dardos pois prefere nos atacar à distância, de maneira quase sempre traiçoeira. Não importa para ele uma vitória honrosa. Mas também atira dardos porque não pode se aproximar daquele que é nascido de Deus (1Pedro 5.8; 1João 5.18) pois o Espírito Santo, o poder de Deus em nossas vidas, o impede. Portanto, não lhe resta outra opção a não ser essa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário