17/02/2016

Chamado para ser bênção!

LEIA: Gênesis 12.1-3

Abençoar a todas as famílias da terra sempre foi o grande projeto de Deus. Desde o início, Ele procurou se relacionar com toda a humanidade. No entanto, o homem sempre se mostrou hostil a Ele. Deus ordenava que o homem fosse fecundo e se multiplicasse sobre a terra. O homem, por sua vez, o desobedecia. A gota d'água foi o episódio da Torre de Babel. O homem planejou construir uma torre que alcançasse o céu para que seu nome se tornasse célebre e para que ele não fosse espalhado pela terra. Deus desce e embarga a obra mas não o Seu projeto. Assim, Ele chama um homem, Abrão, lhe dá algumas ordens e lhe faz promessas. Deus diz a Abrão: sê tu uma bênção! 

Quem não ser uma bênção? Certamente todos queremos, não há dúvida! Mas o que significa exatamente ser uma bênção?

Para responder essa questão precisamos nos reportar ao significado de bênção no contexto do AT inicialmente. Nesse, bênção (ou abençoar) seria conceder poder a alguém para alcançar prosperidade, longevidade, fecundidade, obter sucesso e muitos frutos (cf. Números 6.22-27). No NT, o conceito acaba por contemplar também favores espirituais (cf. Efésios 1.3). Ser abençoado é receber de Deus benefícios de ordem material e espiritual mas também transmitir esses benefícios a outros. Você, assim como a Abraão, foi chamado para SER (e não TER) uma bênção!

O projeto de Deus de abençoar todas as famílias (ou nações) da terra seria realizado através de Abraão. Ele foi instrumento de Deus para que outros se beneficiassem. Nós, somos filhos espirituais de Abraão porque professamos a mesma fé que ele professou. Afinal, cremos em Jesus Cristo, em quem se cumpriu todas as promessas que Deus lhe fizera. Abraão permitiu que o propósito de Deus se cumprisse e não o dele. Eis aí o caminho para que alguém seja bênção.

Deus ordena que Abraão saísse da sua terra, da sua parentela e da casa de seu pai e fosse para uma terra que lhe mostraria. Mas por que Deus pede a Abraão algo tão difícil? Porque a família de Abraão era idólatra (Josué 24.2). Por isso precisaria deixar aquilo que o afastaria de Deus. Isso implicaria, pelas leis do mundo antigo, que Abraão perderia toda a sua herança uma vez que esta, estava diretamente vinculada à terra. Perderia também o privilégio do nome e estaria sujeito a toda sorte de desventuras. Mas Deus promete que o protegeria e que o honraria em terra estranha. E assim se fez.

Portanto, ser bênção requer obediência, renúncia, separação, intimidade, fé. Ser bênção implica ainda, em transferir a bênção que recebemos a outros. Dar é melhor que receber (Atos 20.35). Para isso fomos chamados!

10/02/2016

Pequenos, mas muito sábios!

LEIA: Provérbios 30.24-28

O livro de Provérbios fala de quatro seres muito pequenos e insignificantes aos olhos dos homens mas que possuem muita sabedoria. Que animais são esses? Quais lições tem para nos ensinar?

Para conhecer essas e outras questões, clique AQUI.

09/02/2016

Jesus, nosso advogado supremo

LEIA: 1João 2.1-2

O assunto da Bíblia é Cristo e, em suas páginas, nos é revelado diversos aspectos a respeito d'Ele. Em sua primeira epístola, João fala de Jesus como nosso advogado junto ao Pai. Três características, no entanto, o revelam não como um advogado qualquer, mas como o advogado supremo:

1. O SEU CARÁTER: O advogado supremo é justo (santo, perfeito, imaculado) e, portanto, apto para nos defender;

2. A SUA OBRA: O advogado supremo é a propiciação pelos nossos pecados. Ele não apenas nos defende como assume nosso lugar;

3. O SEU MÉTODO: O advogado supremo adota métodos nada convencionais:
  • Não veio para defender nossa inocência mas sim para reafirmar nossa culpa;
  • Não cobra honorários, seu trabalho é gratuito;
  • Está sempre disponível para nos atender;
  • Jamais perdeu causa alguma;
  • É titular em nossa causa.

É importante dizer que João escreve sua epístola para crentes orientando-os para que não pequem. No entanto, o cristão vive uma constante luta contra o pecado (Romanos 7.7-25) e, inevitavelmente, peca. Por isso, o apóstolo amado diz que para os seus leitores que, se pecarem, tem a disposição um advogado justo, o advogado supremo.

O pecado em nossos vidas traz sérias consequências (Salmo 32) e, por isso, urge confessá-los. O sangue de Jesus é poderoso para perdoar qualquer pecado. Aliás, apenas um pecado não é perdoável, qual seja, a blasfêmia contra o Espírito Santo (Mateus 12.21; Marcos 3.29).

Por isso, confessemos nossos pecados! Pecado confessado é pecado perdoado. Hoje, Jesus é nosso advogado supremo. Amanhã, será nosso juíz e, igualmente, supremo!

03/02/2016

Remédio amargo é que cura

LEIA: Êxodo 15.22-27

Assim como aqueles leprosos que foram curados pelo caminho (Lucas 17.11-19) nós também vamos recebendo tratamento no decorrer de nossa peregrinação a fim de sermos curados de todas as nossas enfermidades, tanto as do corpo como da alma. O povo que saiu do Egito estava doente. Na verdade, eles saíram do Egito mas o Egito não saiu de seus corações (Atos 7.39). No deserto, todavia, receberiam tratamento. O problema é que aquele povo era um povo obstinado e teimoso que rejeitou o cuidado do Senhor. A caminhada seria de quarenta dias mas que, pela desobediência, tornou-se uma caminhada de quarenta anos (Números 14.34; Deuteronômio 1.34-40). O saldo final foi lamentável: aquela geração pereceu no deserto, vítima de uma doença fatal: a desobediência.

Após a travessia miraculosa pelo mar vermelho, caminham três dias no deserto sem encontrar água. Estavam exaustos certamente. A sequidão do deserto quase os haviam consumidos. Cumpridos esses três dias de caminhada chegam a Mara e encontram um oásis no meio do deserto: havia água!. Mas não puderam bebê-la porque eram amargas. Como alguém desidratado pelos efeitos de um sol escaldante pode rejeitar água? Pois bem, chamaram Moisés e exigiram explicações. Ele clama a Deus que, ao final, torna as águas doces (as águas voltaram a ser amargas depois!). Mal sabia aquele povo que aquelas águas amargas era o remédio que Deus havia prescrito para curá-los. 

1) DEUS SABE O REMÉDIO QUE CURAS AS NOSSAS ENFERMIDADES (v.26): A água era amarga mas era potável. Poderiam ter consumida sem problemas. Hoje sabe-se que essas águas contém dolomita, um mineral indicado para quem vai fazer longas caminhadas pois ajuda a controlar os batimentos cardíacos. Também contém magnésio indicado para doenças intestinais e estomacais. Escravos no Egito por 400 anos aquele povo ingeriu águas contaminadas do Rio Nilo e de outras fontes e, por essa razão, sofriam esses males. Mas por serem amargas, o povo rejeita um medicamento com todas essas propriedades;

2) NÃO DEVEMOS REJEITAR O REMÉDIO PRESCRITO POR DEUS (v.22): O  povo não pode beber a água porque era amarga, Deus fez com que a água torna-se doce. Isso, no entanto, foi um juízo aplicado sobre aquele povo rebelde. Muitas vezes, os pais cedem os desejos do filho por insistência. A água ficou doce e a doença do povo agravou-se (vd. Êxodo 16.2);

3) MURMURAÇÃO É SINTOMA DE ENFERMIDADE (v.24): O povo estava doente e, talvez, o sintoma mais evidente dessa condição era a constante murmuração. Na verdade, tudo aquilo era uma prova aplicada por Deus. O povo, como sabemos, não passou no teste pois não soube discernir que aquilo se tratava de uma prova. Assim, por mais difícil que seja a prova, deve-se clamar a Deus e não murmurar.

Nossa prova pode durar quarenta dias ou quarenta anos. Tudo depende da forma com a qual vamos reagir ao tratamento prescrito por Deus. Quanto mais amargo o remédio, maior o seu efeito. Portanto, não o rejeitemos. Remédio amargo nos deixa doce. Remédio doce nos deixa amargo!

P.S. Em Elim, localizada a pouca distância de Mara, Deus havia preparado sombra e água fresca para eles (v.27)