03/02/2016

Remédio amargo é que cura

LEIA: Êxodo 15.22-27

Assim como aqueles leprosos que foram curados pelo caminho (Lucas 17.11-19) nós também vamos recebendo tratamento no decorrer de nossa peregrinação a fim de sermos curados de todas as nossas enfermidades, tanto as do corpo como da alma. O povo que saiu do Egito estava doente. Na verdade, eles saíram do Egito mas o Egito não saiu de seus corações (Atos 7.39). No deserto, todavia, receberiam tratamento. O problema é que aquele povo era um povo obstinado e teimoso que rejeitou o cuidado do Senhor. A caminhada seria de quarenta dias mas que, pela desobediência, tornou-se uma caminhada de quarenta anos (Números 14.34; Deuteronômio 1.34-40). O saldo final foi lamentável: aquela geração pereceu no deserto, vítima de uma doença fatal: a desobediência.

Após a travessia miraculosa pelo mar vermelho, caminham três dias no deserto sem encontrar água. Estavam exaustos certamente. A sequidão do deserto quase os haviam consumidos. Cumpridos esses três dias de caminhada chegam a Mara e encontram um oásis no meio do deserto: havia água!. Mas não puderam bebê-la porque eram amargas. Como alguém desidratado pelos efeitos de um sol escaldante pode rejeitar água? Pois bem, chamaram Moisés e exigiram explicações. Ele clama a Deus que, ao final, torna as águas doces (as águas voltaram a ser amargas depois!). Mal sabia aquele povo que aquelas águas amargas era o remédio que Deus havia prescrito para curá-los. 

1) DEUS SABE O REMÉDIO QUE CURAS AS NOSSAS ENFERMIDADES (v.26): A água era amarga mas era potável. Poderiam ter consumida sem problemas. Hoje sabe-se que essas águas contém dolomita, um mineral indicado para quem vai fazer longas caminhadas pois ajuda a controlar os batimentos cardíacos. Também contém magnésio indicado para doenças intestinais e estomacais. Escravos no Egito por 400 anos aquele povo ingeriu águas contaminadas do Rio Nilo e de outras fontes e, por essa razão, sofriam esses males. Mas por serem amargas, o povo rejeita um medicamento com todas essas propriedades;

2) NÃO DEVEMOS REJEITAR O REMÉDIO PRESCRITO POR DEUS (v.22): O  povo não pode beber a água porque era amarga, Deus fez com que a água torna-se doce. Isso, no entanto, foi um juízo aplicado sobre aquele povo rebelde. Muitas vezes, os pais cedem os desejos do filho por insistência. A água ficou doce e a doença do povo agravou-se (vd. Êxodo 16.2);

3) MURMURAÇÃO É SINTOMA DE ENFERMIDADE (v.24): O povo estava doente e, talvez, o sintoma mais evidente dessa condição era a constante murmuração. Na verdade, tudo aquilo era uma prova aplicada por Deus. O povo, como sabemos, não passou no teste pois não soube discernir que aquilo se tratava de uma prova. Assim, por mais difícil que seja a prova, deve-se clamar a Deus e não murmurar.

Nossa prova pode durar quarenta dias ou quarenta anos. Tudo depende da forma com a qual vamos reagir ao tratamento prescrito por Deus. Quanto mais amargo o remédio, maior o seu efeito. Portanto, não o rejeitemos. Remédio amargo nos deixa doce. Remédio doce nos deixa amargo!

P.S. Em Elim, localizada a pouca distância de Mara, Deus havia preparado sombra e água fresca para eles (v.27)

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