25/05/2016

A oração de Jabez

LEIA: 1CRÔNICAS 4.9-10

As infindáveis genealogias contidas no Primeiro Livro das Crônicas são interrompidas por uma mini-biografia de um homem chamado Jabez. As informações sobre ele são sobremodo escassas. Sabemos apenas que foi o mais ilustre entre os seus irmãos mas que o seu nascimento fora marcado por muita dor, fato aliás, que lhe rendeu o nome (v.9). A oração feita por Jabez, ao contrário de ser um mantra capaz de mudar situações, revela algumas verdades acerca do próprio Deus, senão vejamos:

1. DEUS CUIDA DOS MENOS FAVORECIDOS (cf. 1Coríntios 1.26-29): Como sabemos, o próprio nome de Jabez aponta para a sua triste condição. Mas nos parece que Deus mudou sua sorte tornando-o um homem bom e honrado. O contexto da passagem remonta à conquista da terra, à época de Josué. Nesse sentido, Jabez fora colocado por Deus para uma difícil missão: exterminar os cananeus e apossar-se da terra. Tarefa árdua que o levaria a invocar o Deus de Israel. Jabez teve êxito em sua missão (v.10) a ponto de, segundo consta, ser homenageado, vendo uma cidade onde viviam escribas, receber o seu próprio nome (1Crônicas 2.55);

2. DEUS NOS ENSINA A ORAR POR BÊNÇÃOS MATERIAIS MAS SOBRETUDO, POR BÊNÇÃOS ESPIRITUAIS (cf. Mateus 6.9-15): A oração é uma forma de mantermos nossa comunhão com Deus. Devemos orar não até que Deus nos ouça mas sim, até que ouçamos a Deus. A nossa oração não muda os planos de Deus, muda os nossos. Quanto mais orarmos, mais conheceremos a vontade de Deus para as nossas vidas de modo que a vontade d’Ele será consoante a nossa. Isso parece ser verdadeiro na oração de Jabez. Sabendo que teria que liderar uma expedição militar, invoca o Deus de Israel (v.10). Exterminar os cananeus era a vontade de Deus (cf. Levítico 18. 24-29) pois as suas práticas, tão abomináveis diante de Deus, acabara por contaminar a própria terra. Por isso, os pedidos de Jabez:

2.1. Oh! Tomara que me abençoes...
2.2. ...e me alargues as fronteiras,
2.3. ...que seja comigo a tua mão
2.4. ....e me preserves do mal, de modo que não sobrevenha a aflição! (v.10);

3. DEUS É O CENTRO DAS NOSSAS ORAÇÕES E NÃO NÓS MESMOS: A oração deve exaltar a Deus e não o homem (cf. Lucas 18.9-14). Jabez parecia saber disso. Ele inicia sua oração dizendo “Oh! Tomara que me abençoes...”. Era como se dissesse: “Seja feita a tua vontade” (cf. Mateus 26.39; Marcos 14.36; Lucas 22.42). Jabez reconhecia sua limitação diante da tarefa que lhe esperava pois enfrentaria, além de soldados ferozes, hostes malignas do inferno. Sua batalha era física mas também espiritual. Era mister receber as bênçãos de Deus! E, elas foram dadas, no instante que o Deus Todo-Poderoso fora exaltado em sua oração. Em outras palavras, Deus lhe concedeu o que lhe tinha pedido.


Que as nossas orações sejam como essa de Jabez! Não poderosas, mas humildes. Afinal, poderoso é Deus!

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