11/05/2016

Perseverança, o segredo para uma vitória completa!

LEIA: 2Reis 13.14-19

Diante das duras investidas da Síria a Israel, o rei Jeoás vai até Eliseu, na ocasião velho e doente. Essa visita no entanto, marca o retorno do profeta à narrativa bíblica pois Eliseu saira de cena assim que Jeú fora ungido rei de Israel. Foram longos anos sem qualquer registro bíblico acerca de Eliseu. Estima-se cerca de quarenta e cinco anos, abrangendo vinte e oito anos do reinado de Jeú e dezessete, de Jeocáz. O rei Jeú cumpre a profecia dada através de Elias que a casa de Acabe seria destruída (2Reis 10.1-14). No entanto, esse rei não deixou de lado a idolatria que caracterizara Israel desde Jeroboão de modo que, o seu reinado tinha prazo de validade (2Reis 10.28-30), Eliseu sabia que tempos difíceis viriam. O profeta disse a Hazael, filho de Ben-Hadade - rei da Síria e seu pai - que os sírios atacariam e destruiriam os filhos de Israel (2Reis 8.11-12). A oração de Jeocáz no entanto, foi respondida por Deus e, por um instante, houve trégua sobre o seu reino (2Reis 13.4-5). Mas o estrago já estava feito: os sírios destruíram quase que totalmente o exército de Israel que, naquele momento, não tinha condições de seguir para a batalha e enfrentar seus inimigos (2Reis 13.7). Portanto, é nesse contexto de extrema opressão que Jeoás vai ao encontro do profeta.

É intrigante porém, o fato desse lapso na narrativa bíblica em relação a Eliseu. O que teria acontecido? O povo teria esquecido-se do profeta ou, então, o profeta teria esquecido-se do povo? Lembremos que Israel vivia uma apostasia terrível e somente diante de uma situação muito difícil o rei resolveria pedir socorro ao profeta, reconhecendo-o como homem de Deus. Por sua vez, o profeta que havia distanciado-se daquele povo não faz caso das diferenças e recebe o rei. Eliseu deu ao rei arco e flechas e pediu para ele retesar o arco. Colocou suas mãos sobre as mãos dele e disse para que o abrisse a janela para o oriente (onde estava localizada a Síria) e disparasse as flechas. Estas, por sua vez, flechas da vitória do Senhor eram símbolos da vitória de Israel sobre os sírios.

Diante das batalhas mais renhidas que enfrentamos o Senhor:

1) Nos dá as armas para a batalha; 
2) Nos dá as estratégias para a batalha;
3) Nos dá as vitórias nas batalhas.

O profeta pediu para o rei atirasse as flechas mas não estabeleceu o número de vezes. Assim, o rei atirou três vezes e parou. Isso indignou profundamente o profeta: "Cinco ou seis vezes a deverias ter ferido [a terra]; então feririas os sírios até os consumir; porém, agora, só três vezes ferirás os sírios" (2Reis 13.19). Outro fato intrigante: porque Jeoás parou de atirar as flechas sendo que o profeta não o havia mandado parar? Ele deveria ter continuado a atirar as flechas mesmo a despeito da incredulidade ou do desânimo e só parar diante de uma palavra de Eliseu. Em outras palavras, ele deveria ter perseverado para que a sua vitória fosse completa. Portanto, enquanto Deus não nos dizer que temos que parar, perseveremos! A vitória de Jeoás portanto, foi parcial. A honra coube a seu filho Jeroboão II, anos mais tarde, quando derrota finalmente os sírios (2Reis 14.25,28).

Nenhum comentário:

Postar um comentário