LEIA: Marcos 9.14-29
Ao lado de Pedro, Tiago e João, Jesus desce o monte da transfiguração rumo a um vale. Os discípulos que haviam contemplado a majestade de Deus deparam-se, dessa vez, com o sofrimento reinante no vale. Ao se aproximarem, encontraram uma multidão em polvorosa. Estavam ali, os demais discípulos, fariseus, escribas e, um homem que, ao ouvir Jesus perguntar aos escribas o motivo daquele alvoroço, salta a frente e toma a palavra. Ele era pai de um jovem endemoniado, filho único (Lucas 9.38), cujo espírito que o havia possuído os discípulos não puderam expulsar. Os fariseus queriam saber porque eles não conseguiram. Eis aí a razão do alvoroço.
Ao lado de Pedro, Tiago e João, Jesus desce o monte da transfiguração rumo a um vale. Os discípulos que haviam contemplado a majestade de Deus deparam-se, dessa vez, com o sofrimento reinante no vale. Ao se aproximarem, encontraram uma multidão em polvorosa. Estavam ali, os demais discípulos, fariseus, escribas e, um homem que, ao ouvir Jesus perguntar aos escribas o motivo daquele alvoroço, salta a frente e toma a palavra. Ele era pai de um jovem endemoniado, filho único (Lucas 9.38), cujo espírito que o havia possuído os discípulos não puderam expulsar. Os fariseus queriam saber porque eles não conseguiram. Eis aí a razão do alvoroço.
Ajoelhado (Mateus 17.14), o pai começa a descrever a Jesus a situação do filho, o sofrimento causado a ele pelo espírito maligno (vv. 17 e 18). Ao tomar conhecimento, Jesus repreende a incredulidade daquele povo e pede que tragam o rapaz (v.19). O espírito agita-se ao vê-lo. Antes de expulsar esse espírito, Jesus faz algumas perguntas àquele pai. Inicialmente, Ele pergunta desde quando isso acontece. O pai, por sua vez, responde: desde a infância (v.21). Esse homem descreve mais alguns detalhes acerca do sofrimento do filho (e, principalmente dele) e, por fim, pede que Jesus o ajude, caso tenha poder para isso (v.22). Este, o responde dizendo que "tudo é possível ao que crê" (v.23). Ao ouvir tal resposta, o pai faz uma oração deveras curiosa: "Eu creio! Ajuda-me na minha falta de fé" (v.24). Ao perceber a multidão se agitando ainda mais, Jesus imediatamente, responde a oração daquele pai. O espírito imundo é expulso e o jovem, finalmente, liberto e entregue ao pai.
Mas porque essas palavras aparentemente contraditórias revelaram-se extremamente eficaz naquele momento e lugar? De outro modo, porque a oração feita por aquele homem foi respondida tão prontamente por Jesus? Sugerimos, a seguir, algumas respostas.
A oração daquele pai foi uma oração sincera. Ao dizer que sua fé estava por um fio de modo a ter uma certa dúvida quanto ao poder de Jesus, aquele pai não estava blasfemando. Ao contrário, estava sendo sincero. O sofrimento de longos anos fez com que a sua fé esmorecesse. Ele não escondeu esse fato de Jesus mesmo que, a princípio, não lhe beneficiasse. Mas o que Jesus queria ouvir daquele pai era a verdade.
A oração daquele pai foi também uma oração objetiva. É interesse observar esse aspecto haja vista que os fariseus estavam presentes, justo eles os quais o próprio Jesus acusou de fazerem longas orações e para si mesmos (Lucas 18.9-14). Jesus não queria ouvir daquele pai vãs repetições (Mateus 6.6).
A oração daquele pai foi ainda uma oração fervorosa. Ele clamou a Jesus com lágrimas nos olhos (v.24). Alguém que ora dessa maneira revela a humildade que há em seu coração. As palavras, portanto, apenas resumem esse sentimento. Jesus queria ouvir o clamor daquele pai em favor de seu filho.
Finalmente, a oração daquele pai tinha o alvo certo. C.H. Spurgeon dizia que o "Alvo da oração é o ouvido de Deus". Mas é oportuno destacar que, inicialmente, aquele pai pediu auxílio aos discípulos (Lucas 9.40). Como sabemos, aqueles homens não puderam atendê-lo. Somente Jesus podia. Portanto, ele só encontrou resposta para o seu sofrimento quando clamou a Jesus. Ele, portanto, era o alvo daquela oração.
Se quisermos ouvir (e ver) nossas orações respondidas devemos, pois, fazer com que elas sejam sinceras, objetivas, fervorosas e, dirigidas, a Deus. Para quem está passando pelo vale, como aquele homem, essa é a oração que deve ser feita.